Por aventura, ou por obra do destino peguei um livro qualquer, me adivertiram que não poderia ler a orelha do livro nem a capa para não saber do que se tratava se não, não o conseguiria ler.
Já nas primeiras páginas a surpresa é revelada: Jonas é um arquivista da biblioteca nacional do Rio de Janeiro e todas as manhas consome o tão famoso biscoito de polvilho GLOBO (a marca é por minha conta), ele aprende então a ler o futuro, ou o passado, em seus dejetos. Em palavras claras, ele analisava sua merda, pois acreditava que elas tinham alguma função e não podia ser apenas obra para descarte. Com o passar dos anos descobre como entender suas fezes e o que elas podem revelar. Num conto legitimamente brasileiro, com palavrões, gírias, e quebra de protocolo, "Jonas o copromanta" é uma reunião de personagem brasileiros, brigas familiares, sexo, e investigação de um suposto plágio de Rubens Fonseca (José Rubem) e a procura pela espiritualidades, e a busca por Deus.
Algumas vezes cheguei a ter ânsia. O Descrevi o livro a um professor como "pura perca de tempo", mesmo assim conclui a leitura, acho que por ser algo totalmente diferente do que estava acostumado. E acho que estava engana quando a qualidade do livro, tirando essa análise de uma outra forma de escrever (ponto positivo) algumas frases e páginas fizeram valer a leitura, se agrupada em páginas daria uma três.
Defini a copromancia a um outro professor como "a arte de decifrar o que os olhos ainda não viu, nos próprios dejetos". A leitura do livro fez sentido em dois lugares: No centro de coletas e exames da UNICAMP e no banheiro.
Como eu disse num post anterior cada um tem uma forma de encontrar Deus. De uma coisa eu acredito, Deus está em todo lugar e o livro me fez pensar na merda de outra forma.
P.S.: Não recomendo a leitura a ninguém, se a fizer faça de livre e espontânea vontade.
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