quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pequena Abelha


A luz batia em meus olhos, tentava protegê-los. O travesseiro macio, o lençol perfeitamente esticado, a coberta de pelos macios, tudo propício para um cochilo, atrás das órbitas dos meus olhos uma dorzinha indicava sono. Enquanto ouvindo um conto dramática. 
Tentei me concentrar na história, mas aquela situação me puxava para o passado. Era uma criança, com meus 8 a  10 anos lutando contra o sono para estar junto aos adultos. Em minha mente minha avó estava sentada em uma das extremidades do sofá, com um balde entre as pernas; no braço do acento um pilha de papéis era cuidadosamente analisado e  separado, alguns, talvez a maioria, eram rasgados em pequenos cubos e atirados ao balde. Podia ouvir os ruídos da televisão ao fundo, percebia a presença de outras pessoas. Ela não falava absolutamente nada, vez ou outra alguém fazia algum rápido comentário, ela continuava sem falar, a luz branca ardia meus olhos. Cada barulho, cada som do papel sendo picado me fazia lembrar que tinha de vencer aquela luta contra meu sono, e esforçava para manter me de olhos abertos.
Aquela sensação era tão boa. O sofá confortável, o sono muito convidativo, mas a cada ruído, uma corrente de alguma coisa estranha (força, susto, conforto ou medo) passava em todo meu corpo e então eu conseguia abrir um filete entre os olhos. Vi que não aguentaria mais e deveria ceder.
Tentei forçar para ouvir sua voz, tentei entender a história, mas já era tarde de mais, não havia barulho; não havia história. Eu estava entregue ao sono, completamente, dominado por ele. Eu precisava acordar. Eu precisava acordar! Minha vó. Aquela situação, eu precisava daquilo tudo. Era tarde, eu já estava dominado. Meu cérebro quis chorar, eu não podia, estava dormindo. Então cedi por completo e me mantive naquela boa sensação das lembranças do que acabara de acontecer. Isso me deu forças para tentar lutar mais uma vez contra o sono. Tentei ouvir a voz ligeira me contando a história. Só escutei o silêncio, sabia que estava conseguindo vencer meu sono desta vez, e forçava mais meus ouvidos. Então a confirmação: eu só escutava o silêncio.
Depois de muito esforço, abri os olhos. Sorri esperando vê-los na sala da velha casa. Ledo engano, eles já teriam partido. 
Eu estava em casa, deitado na cama. O contador de histórias me olhando com misericórdia e pena por eu não ter continuado dormindo. Disse-lhe que não precisava ter parado a história, pois estava gostando do conto, sua rápida leitura se recompôs enquanto eu tentava capturar o máximo possível daquela lembrança escondidas em mim, lembrança que há anos venho tentando ter. 
A história foi se complicando, os personagens estavam aflitos, podia sentir a aflição deles, a mulher desesperada, corria de um lado para o outro em busca de seu filho, era exatamente como eu.  Procurava por algo que nunca esteve ali, ou que como o personagem, nunca tinha saído dali.
Interrompi, já bastava por hoje, faltava poucos minutos para uma hora da manhã. Como o contador  de histórias poderia estar acordado a essa hora, se ele sempre vai dormir por volta das 22:30? Como eu poderia estar dormindo? Nunca vou dormir antes das 3:30. Desesperei me. Não sabia mais o que era realidade e o que não era. Levante despedi rapidamente. Ao caminho de meu quarto encontrei meu avô que também estava acordado. Ele sempre dormia cedo, todas as luzes da casa estavam acessa. Pensei então que meu relógio estivesse errado, mas não estava.
Tentei fechar a porta, não consegui segurar as chaves que caiam em câmara lenta. Pude ver cada movimento: a chave amarela para um lado, as prateados para o outro, suas pontas curvando-se para cima, o chaveiro as puxando para baixo, tudo muito devagar. 
Ouvi o tilintar das chaves chocando contra o chão e se ampliando gradativamente num zunido agudo, que me trouxe novamente à realidade. Hoje foi uma exceção, decidiram ficar acordado até mais tarde, só isso. Meus músculos foram se relaxando, enquanto abaixava para apanhar as chaves. Tranquei a porto. Disse-lhes "boa noite". Calmamente entrei em meu quarto e me recompus nesse mundo imprevisível. Aos poucos as luzes foram sendo apagadas. Agora tudo voltava ao normal.




domingo, 18 de dezembro de 2011

Medição de inteligência

 Pode-se perceber o quanto uma pessoa é inteligente, pela capacidade que ela tem de questionar sua realidade. 
Psicólogos e professores farão duras criticas a esse forma de perceber a inteligência dos demais, já que gostam de usar  a tradicional desculpa "todos são inteligentes, mas cada um em sua forma", tenho que concordar. No "método do questionamento" (medição da inteligência) são destacados, então, as pessoas com maior capacidade de oferecer conteúdo cultural, artístico, filosófico, religioso, cientifico e tecnológico a sociedade.
Tudo, sem exceção, que foi criado (teorias e materiais) até o momento, foi criado por pessoas que questionam sua realidade.  Buda, Jesus, Newton, Bill Gates, Thomas Edison, Adreas Versalius, Steve Jobs, Karl Marx, Galileu Galilei, Aristóteles, Robert Hooke e Mark Zuckerberg entre tantos outros, questionaram sua realidade e contribuíram tanto para a Terra. 
Os indivíduos que questionam sua realidade, geralmente, vão em busca de resposta, e pelo caminho encontram muita sabedoria e conhecimento. Se destacam dos demais por ver o que todos vem e aceitam, questionar sobre ele, buscar resposta, soluções e melhorar o que já existe ou criar um novo. 
Entretanto essas pessoas, que questionam sua realidade, não são bem aceitas no meio em que estão inseridas, chamada de loucas, anarquistas, imorais e pecadoras. Quantas pessoas já foram excluídas da sociedade por fazer questionários? quantos já foram presas ou internadas em hospícios? Quantas foram decapadas, apedrejadas, eletrocutadas ou queimadas na fogueira?  
Uma reclamação que se faz é a forma como escolas e faculdades avaliam seus alunos. Os grandes decoradores (aquele que aprende de cor), Professores e Mestres, querem testar a capacidade de seus alunos também de decorar. Desta forma assistir aula é o simples exercício de decorar, e as avaliação é a medicação de sua memória. Ainda não conheço avaliação que meça a competência de uma pessoa, a capacidade que ela tem de contribuir para o mundo, a aptidão de ver a realidade em sua volta, analisar e critica-la, encontrando meio de melhorá-la.
Nas escolas são inseridos teorias aos estudantes como verdades absolutas, de forma que eles ficam sem a possibilidade de questionar, a igreja e a mídia ajudam a reforçar que o mundo é assim porque é, ou porque Deus quis. Destarte fica complicado para os questionadores ir contra a grande maioria alienada e com a mente fechada, que ruam pelo mundo da realidade que não existe.
Para não enraivar os psicólogos e professores: todo mundo pode questionar sua realidade. Basta querer enfrentar a cambada de pacóvios que vivem bloqueando e evitando novas teorias e quiçá as invenções.
Será de grande valia teorias para mudar a forma de vermos nossa realidade, destruindo as bases débil que sustentam a história que nos chega, cheia de más intenções, e com pontos de vistas, opiniões particulares e deduções, distorcendo a realidade, mudando o futuro.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Danoninho


Quando pensa em alimento para criança o que vem a cabeça? frutas? danoninho!  quem não lembra da música da danoninho "me dá, me dá, me dá, me dá danoninho já, me da danoninho, danoninho dá...". 
O iogurte da Danone chega nas prateleiras dos mercados brasileiro em 1973, muito bem aceita por sinal. O pequeno pode vermelho que traz três linguadas de deliciosa sensação de voltar ao passado em alguns segundos é na verdade um Petit suisse, um queijo mole  produzido com o coagulo láctea com bactérias de enzimas ou coalho, a Danone foi a primeira empresa a adicionar  corantes e polpa de fruta a este tipo de queijo. Hoje o petit suisse da Danone é comercializado em 33 país.
Danoninho oferece mais nutriente na complementação alimenta das crianças são "quatro doses de leite, mais quarto nutrientes essenciais" (cálcio, ferro, zinco e fosforo) além de possuir baixa concentração de açúcar.
Quando os adultos chegam em suas casas cheios de sacolas do supermercado, juntam-se para saborear o primeiro produto da feira: Danoninho. Alguns lambem, outros usam o dedo, outros colher (tem que ser pequena pois a de sopa não entra), mas o importante é se lambuzar e se saborear dessa iguaria.
Como é bonito ver uma criança segurando apertado o potinho do iogurte preocupado em comer mais calmamente possível para não desperdiçar nem um pouquinho e aproveitar o máximo aquela situação.
Já se foi criado outras variações do produto como o danoninho ICE (alguém lembra), onde colocávamos uma pazinha e depois de algum tempo no congelador (tempo de mais pra quem não via a hora de saboreá-lo) obtínhamos um picolé [me parece que este produto voltou as prateleiras depois de anos fora de circulação]; Também já foi criado vários sabores do queijo, mas nenhum se compara ao de morango, o produto deixou de ser apenas o iogurte e passou a ser uma marca com uma variedade de alimentos e bebidas para as crianças. Hoje existem várias receitas com o danoninho como ingrediente principal.
O pequeno produto é um dos mais pedido pelas crianças, e adultos nos supermercados, e dão a rápida sensação de felicidade em viajar pelas memórias e por prazeres adormecidos.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Casualidade


O Jovem senhor entrou na biblioteca, tirou seu chapéu e o segurou com a mão esquerda. Andou com passos lentos por toda a biblioteca. Com a cabeça curvada, não falou, não sorriu, não perguntou, apenas caminhou olhando a capa dos livros sem os tocar.
Entrou na seção de esoterismo, dedilhou alguns livros. Foi para a seção de espiritualismo, e deu uma olhadela nos alfarrábios. Tirou um bloco de anotações, escreveu algumas palavras, guardou a caneta e voltou a andar.
Pegou um livro socialista, algo como "mudar o mundo"... Sentou em uma poltrona, escorregou os óculos para a ponta do nariz e começou a ler. Passou umas duas páginas, repousou o livro sobre a perna direita, o chapéu na esquerda, moveu seu olhar para frente e parou... Era como se estivesse pensando em algo maravilhoso, ou terrivelmente maligno. Mas também ele poderia estar apenas divagando.
Enquanto isso a faxineira varria a sujeira da biblioteca, que para mim não existia, pois eu não via sujeira alguma. Em meu campo de visão havia apenas a vassoura se movimentando insistente e obrigando os leitores que estavam sentados a levantarem seus pés. Seria até uma cena engraçada, se a moça não demonstrasse prazer em incomodá-los.
"Licencinha!" dizia, e passava a vassoura. Na vez do leitor socialista, ele simplesmente parou a leitura, fixou o olhar bem no fundo dos olhos dela, ameaçou um sorriso, e mudou-se para outra poltrona.
Ela continuou a varrer a poeira, que só ela via, para lugar nenhum. Agora com rodo e pano úmido nas mãos   novamente voltou a  incomodar os leitores. Desta vez o socialista  apenas se levantou, guardou o livro, colocou o chapéu na cabeça e se foi. 



"Viver no mundo sem tomar consciência do significado do mundo é como vagar por uma imensa biblioteca sem tocar os livros." Dan Brown

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Jonas o Copromanta


Por aventura, ou por obra do destino peguei um livro qualquer, me adivertiram que não poderia ler a orelha do livro nem a capa para não saber do que se tratava se não, não o conseguiria ler.
Já nas primeiras páginas a surpresa é revelada: Jonas é um arquivista da biblioteca nacional do Rio de Janeiro e todas as manhas consome o tão famoso biscoito de polvilho GLOBO (a marca é por minha conta), ele aprende então a ler o futuro, ou o passado, em seus dejetos. Em palavras claras, ele analisava sua merda, pois acreditava que elas tinham alguma função e não podia ser apenas obra para descarte. Com o passar dos anos descobre como entender suas fezes e o que elas podem revelar. Num conto legitimamente brasileiro, com palavrões, gírias, e quebra de protocolo, "Jonas o copromanta" é uma reunião de personagem brasileiros, brigas familiares, sexo, e investigação de um suposto plágio de Rubens Fonseca (José Rubem) e a procura pela espiritualidades, e a busca por Deus.
Algumas vezes cheguei a ter ânsia. O Descrevi o livro a um professor como "pura perca de tempo", mesmo assim conclui a leitura, acho que por ser algo totalmente diferente do que estava acostumado. E acho que estava engana quando a qualidade do livro, tirando essa análise de uma outra forma de escrever (ponto positivo)  algumas frases e páginas fizeram valer a leitura, se agrupada em páginas daria uma três.
Defini a copromancia a um outro professor como "a arte de decifrar o que os olhos ainda não viu, nos próprios dejetos". A leitura do livro fez sentido em dois lugares: No centro de coletas e exames da UNICAMP e no banheiro.
Como eu disse num post anterior cada um tem uma forma de encontrar Deus. De uma coisa eu acredito, Deus está em todo lugar e o livro me fez pensar na merda de outra forma.
P.S.: Não recomendo a leitura a ninguém, se a fizer faça de livre e espontânea vontade.

Tem alguém em casa?


Quando chegamos a casa de alguém temos o costume entrar perguntando, tem alguém em casa?
Na verdade isso não acontece em grandes cidades, me refiro a minha cidade natal, na época de minha infância onde as casas permaneciam abertas, mesmo que não estivesse ninguém lá, sem o mínimo perigo de ser roubada. 
Por questões de horários aqui em casa não passamos muito tempo juntos, e geralmente não nos encontramos, eu estou estudando, meu avô lendo textos evangélicos, meu tio trabalhando, e coisa e tal. 
Antes quando chegava em casa destrancava a porta perguntando, tem alguém em casa? as vezes obtinha resposta, outras não. 
Hoje construímos um sistema simples e praticamente infalível, a não ser quando um de nós pega uma peça no outro ou esquece do sistema, que chamaria de controle .
O sistema de controle constitui num simples chaveiro Porta-Chaves, de quatro pinos, sendo os dois da direita meu e os dois da esquerda do meu avô. Cada um tem sua chave, e o chaveiro Porta-Chaves fica próximo a porta. Quando meu avô não está, mas eu estou (como na imagem) o quadro pende para a direita; Quando ocorre ele que não está pende para a esquerda; Quando ambos está pende levemente para a direita, pois minha chave é mais pesada; Quando não há ninguém ele se mantem reto. 
Assim a frase "tem alguém em casa?" deixa de ser necessário, pois basta olhar a chaveiro, o sistema seria muito mais eficiente se escrevêssemos no espaço em branco onde fomos, mas não o fazemos por falta de caneta própria para isso. 
O lado negativo do sistema é a falta de humanismo, pois perde a necessidade da relações sociais e o diálogo, por mais simples que pareça como "tem alguém em casa?" "tem sim". 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Enfeites de Natal

O natal é uma das datas mais importante do ano: festas, presentes, união, comemoração, reflexão, alegria/felicidade, luzes, enfeites.
Os enfeites fazem parte significante da comemoração do natal, mas se você não compra os enfeites prontas tem que ter muita criatividade para faze-los com  o que se tem em casa. Encontrei alguns enfeites fáceis de fazer, apresentado em imagens

























Guirlanda de papel: 





























Enfeites de pano:








(passa o ferro na tira de pano mas marcar a dobra)


                                  

   

                                      

   



 Penduricalhos (feitos com latinha de refrigerante):














 Enfeite para a árvore:








                           



                           







E para encerrar: árvore de natal, para estante ou mesa:






 Espero que tenha ajudado a abrir a mente para construir uma parte da magia do natal, os enfeites.
Mais ideias de enfeites e mais detalhes desses postados aqui você encontra em www.viladoartesao.com.br