Criar um sistema inteligente, produtivo e que faria as pessoas acatar as ordens de Deus era a árdua tarefa de Rogério Dávida da Silva, só assim ele poderia ser perdoado por seus pecados e adentrar o paraíso divino prometido.
Muitas coisas passaram na mente de Rogério, ele começou com uma tempestade de ideia, tudo que pensava colocava no papel, teve centenas de ideias como por exemplo: criar centros de aconselhamento e alerta na terra para avisar as pessoas de que estavam se perdendo dos seus objetivos; coletiva de imprensa com o demônio; Encher a mente das almas dos pecadores de pesadelos, entre tantos outros, afinal ele teria de criar um sistema que fiseses as pessoas mudarem, temerem, e ainda não podia desapontar o senhor dos penosos, nada simples para uma mera alma pecadora pensante.
Quando chegou a hora de decidir que faculdade seguir no final do ensino médio Dávida se reuniu com o pai, um operário que não admitia erros, rigoroso, não ligava muito para o lado sentimental, era o famoso "branco no branco, preto no preto" e a mãe, uma sentimental dona de casa, fiel não perdia um missa aos domingos, acordava toda madrugada para rezar o terço e lamentar a morte de Jesus, enfrentava o frio ou a chuva que fosse para ir as procissões de madrugada da quaresma, nunca deixou os filhos chorarem sozinhos, sempre esteve ali para abraça-los e contar uma parábola da Bíblia para consolo.
O pai em pé, perto da parta, a mãe abraçava o filho no sofá:
O pai em pé, perto da parta, a mãe abraçava o filho no sofá:
-Não admito vagabundos morando sobe esse teto, quero que faça algo que te garanta emprego, com os novos crescimentos imobiliários no novo século poderia fazer engenharia civil.- Começou o pai-
-Estava pensando em Letras... -tentou se defender.
-E vai viver de que? textos em jornais? isso até quando?
Mesmo com vontade de fazer algo que o ajudasse a escrever seguiu as orientações do pai e cursou arquitetura, que por sinal não era engenharia civil, mas chegava próximo. Ia contrariado todos os dias para a escola e ficava anotando seus pensamentos frente os professores loquazes. De qualquer forma foi o que te sustentou por anos, construiu tudo o que teve trabalhando com a profissão. Com as noções que tinham, bolou mudar a aparência do inferno, que tal um lugar menos pesado, um lugar mais urbanizado. De buracos, falta de pavimentação, esgoto a céu aberto e matagal já bastava o Brasil.
Depois de pensar diversas alternativas era hora de começar a selecionar as melhores opções. O inferno não teria mais nove círculos/níveis e sim quatro, o que seria o suficiente para as almas se renderem e pedir perdão. Mesmo com a oportunidade de reformar o inferno que havia recebido, Dávida, carregava muito rancor da sociedade que só apontou o dedo e o julgou nos momentos de sua vida em que ele mais precisou, e não estava disposto a pegar levo nos castigos. Para melhorar faria um quinto nível, que para fazer jus ao nome seria onde residiria o anfitrião, antecedido do hall de entrada e setor jurídico.
O chão agora seria ante-derrapante caso as almas precisassem se ajoelhar para lamentar; pisos claros para o reflexo das lâmpadas arderem seus olhos, as paredes brancas ajudariam atingir o objetivo além de dar a impressão de filme de terror, todos esperam a parte do susto quando tudo fica branco. Ah mas teria poltronas, macias poltronas, existe algo pior do que ter que lutar contra o sono? Em todos os níveis haveriam centro de apoio do céu para as almas que resolvessem ser perdoadas, e todos teriam saídas próprias diretas para o paraíso.
Algumas quebras de protocolos aqui, um pouco de suborno ali, aquela forcinha amiga dali, e sem precisar de licitação nem alvará, todos as almas pecadoras estavam com a mão na massa chicote nas costas, para produzirem o novo inferno, e olha que nem foi preciso a presença da PM. Enquanto isso Dávida ia terminando os pequenos detalhes do sistema.
Recepção: os novatos seriam recebidos com muita alegria e sarcasmos por almas selecionadas (antigas pessoas rancorosas, pessoas que não sorriam ou cumprimentavam seus semelhantes em vida), ficariam confusos para onde teriam ido, estariam contagiados pela alegria até receber o flyer explicando que estavam no INFERNO. Não se preocupem ambientalistas, os papeis se dissolvem no tempo exato em que o pecador lê o ultimo ponto final e entra em desespero, alta tecnologia.
Cada nível teria repartições, etapas a serem cumpridas onde teriam de colocar seu cérebro para funcionar, coitado era os alienados, os que tiveram a mente corrompida e inundada de baboseiras durante a vida. No nível 1 os pecadores agora acomodados em deliciosas poltronas, produzidas com coro legitimo dos antigos monstros do local, eram conduzidos a reflexão por almas sem expressões, cada pecador viria suas piores expressões faciais nestes guias, os "guias espelhos" que diriam o que fazer: Pensar em toda sua vida e tentar encontrar o motivo de estarem ali, poderiam usar os tablets disponíveis para fazer suas anotações; cheiros, audição e tato o fariam sofrer bastante de saudades de respirar o ar da vida, o detalhe é que não poderiam dormir se não seus pensamentos os iriam castiga-los em seus pesadelos.
O próximo setor os faria refletir sobre sua contribuição para a terra e seu objetivo da vida (por que não fez nada para o desenvolvimento humano? por que não foi a igreja? por que perdeu tanto tempo com nada? por que não amou o próximo?por que e mais porquês) as respostas nessa etapa necessariamente é obrigatória o que faria seus cérebros enlouquecerem, principalmente os espertinhos que tentassem mentir. Os mais desobedientes ou os com maiores número de pecados era retirado da atividade tempos em tempos para assistir um pouco de TV ou música, viam todos os piores programas já inventado pela humanidade e ouviam as piores músicas até não aguentarem mais e tivesse de se arrastar e implorar para parar.
No nível dois era onde as ideias seriam mais produtiva, pois as almas teriam que refletir no que elas poderiam ter contribuído para a humanidade, muitas coisas boas saiam nesse momento eram músicas, livros, tecnologias, sistemas, remédios, tinha de tudo e mais um pouco; em seguida tinham de analisar por que não a fez em vida, e então seu castigo era ver como seria se o tivesse feito e como de fato está já que ele não fez, o arrependimento era certo nessa hora e muitos já iam para o céu. Os mais resistentes passavam para uma outra atividade: melhorar as ideias que não foram aproveitadas em vida, algumas vezes tinham de melhor suas próprias ideias e construir o que poderia ter criado antes, outras vezes acabavam pegando as ideias de outras almas que já tinham se rendido e partido para o paraíso, tudo se complicava com a saudade e seus sentimentos os perturbando. As ideias arrumadas e que antes tinham sido desperdiçadas eram enviadas de volta a terra.
O terceiro nível era bem maligno, o ar fresco não existiam ali e tinham de fazer muito esforço para manter seus pensamentos concisos e conscientes, isso tudo sem poder cair no sono. Suas atividades não era nada simples: arrumar soluções para os problemas da atualidade como a bagunça da política, os motivos dos conflitos humanos, a destruição do meio ambiente, a diminuição da corrupção, a poluição e etc.. Aqui os capangas do capeta também eram mais furiosos e impiedosos pois não gostavam de perder tempo, os que ficavam enrolando muito já era mandado direto para o quarto nível, que por sinal era o menos ocupado. No nível 4 todos as ideias mais idiotas, todas as ideias que foram descartadas anteriormente ficavam ali e eles tinham obrigatoriamente que resolvê-las, algumas almas ficavam anos presas ali, mas tudo aquilo era motivante, eles já estavam confusos, esgotados, exaustos, mas sabiam que era a única forma de sair dali, alguns mesmo depois de muitos problemas resolver continuavam ali, esses ainda recebiam doses diárias das porcarias culturais que os humanos criavam.
No hall de entrada para a casa do capeta ficava os assuntos jurídicos, os advogados, alguns padres e pastores e muitos políticos que da recepção já iam direto para lá e ficavam a eternidade respondendo processos e reivindicações das almas, aqui o pagamento dos pecados foram censurados e só sendo um e morrendo para saber.
-Muito bom velho rapaz, fez um bom trabalho, mas pegou muito leve com essas almas pecadoras. Eu darei um jeito de piorar um pouquinho os castigos não se preocupe. Seu pecado foi perdoado e você já pode ir, está vendo aqueles homens ali no canto? siga os, eles te levaram para um preparamento para o céu. E tente não voltar aqui novamente. Eu darei um jeito de fazer que a terra saiba que passamos por mudanças e cobrar mais respeito, agora vá antes que te mande para o setor jurídico.
No nível dois era onde as ideias seriam mais produtiva, pois as almas teriam que refletir no que elas poderiam ter contribuído para a humanidade, muitas coisas boas saiam nesse momento eram músicas, livros, tecnologias, sistemas, remédios, tinha de tudo e mais um pouco; em seguida tinham de analisar por que não a fez em vida, e então seu castigo era ver como seria se o tivesse feito e como de fato está já que ele não fez, o arrependimento era certo nessa hora e muitos já iam para o céu. Os mais resistentes passavam para uma outra atividade: melhorar as ideias que não foram aproveitadas em vida, algumas vezes tinham de melhor suas próprias ideias e construir o que poderia ter criado antes, outras vezes acabavam pegando as ideias de outras almas que já tinham se rendido e partido para o paraíso, tudo se complicava com a saudade e seus sentimentos os perturbando. As ideias arrumadas e que antes tinham sido desperdiçadas eram enviadas de volta a terra.
O terceiro nível era bem maligno, o ar fresco não existiam ali e tinham de fazer muito esforço para manter seus pensamentos concisos e conscientes, isso tudo sem poder cair no sono. Suas atividades não era nada simples: arrumar soluções para os problemas da atualidade como a bagunça da política, os motivos dos conflitos humanos, a destruição do meio ambiente, a diminuição da corrupção, a poluição e etc.. Aqui os capangas do capeta também eram mais furiosos e impiedosos pois não gostavam de perder tempo, os que ficavam enrolando muito já era mandado direto para o quarto nível, que por sinal era o menos ocupado. No nível 4 todos as ideias mais idiotas, todas as ideias que foram descartadas anteriormente ficavam ali e eles tinham obrigatoriamente que resolvê-las, algumas almas ficavam anos presas ali, mas tudo aquilo era motivante, eles já estavam confusos, esgotados, exaustos, mas sabiam que era a única forma de sair dali, alguns mesmo depois de muitos problemas resolver continuavam ali, esses ainda recebiam doses diárias das porcarias culturais que os humanos criavam.
No hall de entrada para a casa do capeta ficava os assuntos jurídicos, os advogados, alguns padres e pastores e muitos políticos que da recepção já iam direto para lá e ficavam a eternidade respondendo processos e reivindicações das almas, aqui o pagamento dos pecados foram censurados e só sendo um e morrendo para saber.
-Muito bom velho rapaz, fez um bom trabalho, mas pegou muito leve com essas almas pecadoras. Eu darei um jeito de piorar um pouquinho os castigos não se preocupe. Seu pecado foi perdoado e você já pode ir, está vendo aqueles homens ali no canto? siga os, eles te levaram para um preparamento para o céu. E tente não voltar aqui novamente. Eu darei um jeito de fazer que a terra saiba que passamos por mudanças e cobrar mais respeito, agora vá antes que te mande para o setor jurídico.
Dávida foi muito bem recebido no céu, e ficou embasbacado com tamanha tecnologia e avanço, um lugar muito superior a terra, a superioridade do céu era realmente inimaginável.
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